O GOVERNO DE JUSCELINO KUBITSCHEK

segunda-feira, 19 de maio de 2008

(1956-1961)

O governo de Juscelino foi marcado por intenso e acelerado crescimento econômico, delineado no Plano de Metas, que particularmente privilegiou o setor industrial que teve um crescimento de 80% entre 1955 e 1961, com predominância na produção de bens de capital como, siderurgia, indústria mecânica, material de transporte, etc. Entretanto no setor de produção alimentar o crescimento não foi notado devido à inércia do setor agrário.
A política econômica adotada por Juscelino baseava-se na realização de investimentos diretos com intensa emissão de dinheiro e na abertura ao capital estrangeiro. Essa estratégia econômica resultou na expansão e consolidação de um capitalismo extremamente dependente. Com a intensa emissão monetária o processo inflacionário foi agravado, enquanto isso, a expansão do capital estrangeiro, atraído por favores e privilégios, causou a desnacionalização econômica. As empresas estrangeiras tomaram posse do controle das indústrias-chave de nossa economia e em curtíssimo tempo, passaram a remeter para o exterior, lucros superiores aos investimentos introduzidos originalmente.
Após a Segunda Guerra Mundial, as potências capitalistas, particularmente os Estados Unidos, passaram a instalar empresas industriais denominadas multinacionais em países menos desenvolvidos, aproveitando-se da existência de mão-de-obra abundante e barata e também da matéria-prima local e o lucro obtido era enviado para o exterior, muitas vezes burlando as leis locais e a política de Juscelino enquadrava o Brasil a essas novas exigências do capitalismo internacional.
O governo de Juscelino foi marcado também por um ambicioso programa de obras públicas, onde se destacou a construção de Brasília, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa. Em 1959 foi criada a Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), órgão que objetivava auxiliar essa região e integrá-la ao mercado nacional. Foi criado também o Grupo de Estudos da Indústria Automobilística (GEIA), visando implementar a indústria automobilística, que viria ser o ponto forte de nossa industrialização. Em 1960, Juscelino chegava ao final de seu mandato, superando no correr de sua gestão duas tentativas de golpes, O levante de Jacareacanga e o de Aragarças.

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