REVOLUÇÃO DE 1930

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Nas eleições de 1930, repetiram-se as ocorrências de fraudes, fato comum nos pleitos eleitorais do Brasil, sendo que, a própria Aliança Liberal, criada para combater essa prática, recorreu a esses meios durante a disputa quando abandonou suas promessas e seus clamores pela regeneração política do país. Getúlio Vargas, candidato apoiado pela Aliança Liberal e Júlio Prestes, candidato da oligarquia paulista, fizeram um acordo em que se comprometiam a respeitar o resultado das urnas. Após a vitória do candidato paulista, elementos mais moderados da oposição mostravam-se resignados com a derrota, mas não tinha em seus pensamentos a idéia de uma revolução, o que não ocorria com os membros mais jovens das oligarquias oposicionistas unidas através da Aliança Liberal. “Estou farto dessa comédia”, dizia o gaúcho Osvaldo Aranha, no que era apoiado pelo mineiro Virgílio de Melo Franco e por João Neves da Fontoura, também gaúcho. Juntavam-se a eles tenentistas, como Juarez Távora e João Alberto, forjando assim, uma aliança que conspirava contra a posse do presidente recém eleito. Preocupados com a possibilidade de crescimento das agitações e da rearticulação dos tenentistas, as oligarquias dissidentes, mesmo em seus setores mais conservadores, resolveram assumir o comando da conspiração, com isso, impediriam que o golpe desencadeasse transformações mais radicais.
A “degola” de muitos deputados eleitos por Minas Gerais e Paraíba e o assassinato de João Pessoa, levaram as velhas oligarquias a se definirem favoravelmente ao golpe. No dia 3 de outubro de 1930, sob o comando de Góes Monteiro, elemento de confiança dos políticos gaúchos, eclodia a revolta no Rio Grande do Sul e em seguida, uniram-se ao levante os oposicionistas da região nordeste tendo no comando Juarez Távora.
As tropas revolucionárias do sul e as governamentais procedentes do norte estavam prestes a entrar em choque em Itararé, estado de São Paulo e na iminência de uma guerra civil, que colocaria em risco as oligarquias, desencadeou-se um golpe militar que depôs Washington Luís, formando-se uma Junta Pacificadora composta pelos generais Mena Barreto, Tasso Fragoso e pelo almirante Isaías Noronha. A junta procurou sem êxito manter-se no poder, mas, Getúlio Vargas, apoiado pelos tenentes, partiu para o Rio de Janeiro e no dia 3 de novembro assumiu o comando do país.

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