GUERRA DE CANUDOS

segunda-feira, 30 de junho de 2008


Em 1893, no final do governo Floriano Peixoto, surge no sertão da Bahia um movimento messiânico, na época considerado monarquista, que se transforma em uma guerra civil. É liderado por um beato, figura comum no sertão nordestino na segunda metade do século XVIII. Os beatos aparecem em torno das várias casas de caridade fundadas pelo padre José Maria Ibiapina e administradas por ordens leigas. Antônio Vicente Mendes Maciel, o beato Antônio Conselheiro, começa a formar seu grupo de adeptos na casa de caridade de Bom Conselho, no sertão de Pernambuco. Mais tarde, funda a cidade de Belo Monte, no Arraial de Canudos, palco de um dos conflitos sociais mais sangrentos da Primeira República.

À margem do rio Vaza-barris, no sertão baiano, o Arraial de Canudos reúne quase 30 mil habitantes. Os romeiros plantam e criam rebanhos para consumo próprio e comércio com as cidades vizinhas. A comunidade prospera e começa a inquietar os grandes proprietários rurais da região e a Igreja. Para se defender, os fiéis de Antônio Conselheiro organizam-se em grupos armados. Entre novembro de 1896 e março de 1897, tropas federais fazem três investidas contra o arraial e são derrotadas. O fracasso assusta o governo e uma nova expedição é organizada em meados de 1897 com 8 mil soldados, algumas metralhadoras e dois canhões, sob o comando do general Artur Oscar Andrade Guimarães. Os combates começam em 25 de junho de 1897 e prolongam-se até 1o de outubro. As tropas do governo ocupam o povoado e matam Antônio Conselheiro. A luta continua até 5 de outubro, quando morrem os quatro últimos combatentes.

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