O MOVIMENTO ABOLICIONISTA

sábado, 26 de abril de 2008

No final do século XIX o Brasil atravessa uma de suas piores crises política. A monarquia estava em declínio enquanto o movimento republicano crescia assustadoramente dia após dia. Neste período o país sofria forte pressão estrangeira, principalmente por parte da Inglaterra, em relação ao regime escravocrata aqui praticado, embora, algumas leis haviam sido sancionadas no sentido de amenizar os ânimos exaltados daqueles que defendiam a libertação dos escravos, mas na realidade essas leis eram apenas paliativas. Em setembro de 1871 foi aprovada a Lei do ventre livre que emancipava todos os filhos de escravas nascidos a partir daquela época, uma lei que não passava de estratégia governista, pois as crianças nascidas continuavam submissas ao regime, já que era impossível tira-las do colo da mãe e transforma-los em cidadãos libertos, mas o objetivo de acalmar o ânimo abolicionista foi alcançado, o movimento perdeu força vindo recuperar-se somente na década seguinte. Para contra tacar a nova ofensiva, em 1885 foi criada a Lei Saraiva Cotegipe ou Sexagenário, que emancipava os escravos com mais de sessenta e cinco anos, mas essa apenas desobrigava o senhor escravista da responsabilidade pela manutenção da mão-de-obra improdutiva. Desta vez o movimento abolicionista não se deixou conter ou iludir e a partir de então o movimento ganhou respaldo popular dos mais variados setores da sociedade, entre eles a Igreja, o Exército e entidades patronais e de empregados.
A imprensa abolicionista crescia da noite para o dia e a fuga de escravos era patrocinada por uma enorme rede de apoio tão bem estruturada que possibilitava o transporte dos mesmos para o Estado do Ceará onde o regime havia sido extinto em 1884. Durante o período de discussão do projeto da Lei dos Sexagenários, tornou-se clara a divisão do setor cafeeiro, os representantes do Oeste paulista, interessados na abolição, apoiavam o projeto, enquanto os que representavam o vale do Paraíba, que ainda utilizava mão-de-obra, aliaram-se à aristocracia rural mais tradicional, contra o projeto.
Enquanto isso, o Exército, que era obrigado a perseguir os escravos fugitivos, lançou em 1887, um documento assinado pelo Marechal Osório, presidente do Clube Militar, declarando que a instituição não mais desempenharia as funções de capitão do mato, ou seja, de perseguidor de escravos. No ano seguinte, apresentou-se um projeto de lei que poria fim ao regime, durante as votações apenas nove deputados votaram contra, oito deles representantes do vale do Paraíba. No dia 13 de maio do mesmo ano, a Princesa Isabel, que substituía provisoriamente o Imperador, assinou a Lei Áurea.

1 comentários:

Weslley disse...

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