O GOVERNO DE NILO PEÇANHA

sexta-feira, 9 de maio de 2008

(1909-1910)


Com o falecimento do Presidente Afonso Pena praticamente no final de seu mandato, Nilo Peçanha, seu vice, assumiu o cargo e logo em seguida criou o Serviço de Proteção ao Índio que foi presidido pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e criou também o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Por ser um governo de curta duração, apenas um ano e meio, seu mandato foi marcado pela agitação em torno da luta sucessória. Nessa disputa romperam-se as relações entre São Paulo e Minas Gerais. Uma parte dos membros da oligarquia paulista lançou como candidato Rui Barbosa de comum acordo com a Bahia enquanto Minas Gerais, em aliança com o Rio Grande do Sul, apoiava o Marechal Hermes da Fonseca.
Rui Barbosa pregava a necessidade de reformas políticas e moralização nas eleições e prometia o antimilitarismo. Sua campanha passou a ser chamada de “Campanha Civilista” e gozava de grande popularidade nos grandes centros urbanos. O Marechal Hermes da Fonseca, por sua vez, tinha grande apoio dos setores mais conservadores das oligarquias que eram contrários às idéias reformistas de Rui Barbosa.
Embora recebesse uma votação expressiva, Rui Barbosa não conseguiu vencer a máquina oligárquica que fraudou o resultado e fez do General Hermes da Fonseca o sucessor de Nilo Peçanha. As eleições de 1910, foi a primeira a ser realmente disputada durante a Velha República.